Os problemas ortopédicos na infância são uma das grandes preocupações dos pais, que se assustam quando o filho anda de uma forma diferente ou mostra alguma alteração em suas pernas e braços, por exemplo. 

Alguns dos quadros que geram o alarde dos pais, porém, são condições passageiras e naturais da criança, enquanto outros são motivo de intervenção.

Problemas de marcha

A marcha de uma criança que está aprendendo a andar terá algumas alterações em comparação com um adulto. 

Caminhar com os pés afastados, por exemplo, não é motivo de preocupação nos primeiros anos de vida, se caracterizando como um quadro de “marcha alargada” que se consertará naturalmente com o passar do tempo.

Quando as alterações no caminhar se manifestam em crianças mais crescidas, no entanto, é importante consultar um ortopedista. O esperado é que a marcha se normalize por volta dos 4 ou 5 anos de idade, podendo demorar um pouco mais dependendo de cada criança.

Andar na ponta dos pés

Outra questão que é comum nos primeiros anos de vida, mas que deve ser investigada a partir dos 2 ou 3 anos de idade, se a criança tiver o costume de andar assim o tempo inteiro. Caminhar pelas pontas dos pés por alguns momentos é natural para quem está aprendendo a andar, mas vale ficar atento à frequência desse evento.

Fraturas

As fraturas são alguns dos problemas mais recorrentes na infância, exigindo a atenção dos pais e a tomada de cuidados domésticos para serem evitadas. Os ossos das crianças apresentam algumas diferenças em relação aos dos adultos, trazendo mudanças para como as fraturas se manifestam e como são tratadas.

A menor quantidade de cálcio, por exemplo, torna o osso mais flexível e, assim, raramente são necessárias operações para a correção: a imobilização com gesso ou com talas costuma ser suficiente. Ao agendar uma consulta comigo, ortopedista pediátrico, será fundamental para conhecer essas alterações e identificar questões que podem passar despercebidas por outros profissionais.

Pés chatos

Os Pés Chatos são aqueles que não possuem as curvaturas naturais dos pés, chamadas de arqueamento plantar. As crianças têm os pés planos, dessa forma, e as suas solas encostam totalmente no chão ao caminhar. 

Essa condição pode se resolver espontaneamente ou não causar nenhum tipo de prejuízo para a qualidade de vida, necessitando de tratamento apenas quando causa dor.

Joelho valgo

É chamado de Joelho Valgo quando a criança tem os joelhos próximos e os pés afastados, sendo uma condição que pode desaparecer entre os 3 e os 6 anos de idade ou que pode precisar de intervenção. 

É necessário lembrar, porém, que o formato das pernas de uma criança pode passar por mudanças até os 8 anos de idade, sendo normal haverem algumas alterações que não são danosas para a saúde.

Pés virados

Os pés virados para dentro ou para fora devem ser analisados por um profissional para averiguar a existência de problemas ou confirmar que mudarão espontaneamente. 

Pode se tratar de um caso de Pé Torto Congênito, por exemplo, que necessita de um tratamento para não prejudicar a criança futuramente. Essa condição poderá interferir na pisada, no uso de calçados normais e na existência de dores e desconfortos.