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Quando o autismo e a paralisia cerebral coexistem

A coexistência entre a paralisia cerebral e o transtorno do espectro autista é muito prevalente e, por isso, esse é um assunto que precisa estar no radar tanto dos pais, quanto dos ortopedistas e terapeutas.

Desafios e pistas diagnósticas importantes

Mas se, por um lado, o TEA é uma comorbidade com grande prevalência nos casos de paralisia cerebral, por outro, o seu diagnóstico é desafiador e, por essa razão, muitas vezes, ocorre de forma tardia. 

Com isso, a criança pode ser privada do acesso precoce às intervenções terapêuticas específicas que fariam uma grande diferença para o seu desenvolvimento – especialmente do ponto de vista comportamental – que é a área mais afetada no Espectro Autista.

Nesses casos, o contato visual tende a ser um indicador muito importante, porque outros sinalizadores comumente observados no TEA (como não apontar, alguma dificuldade na fala, estereotipias, etc.) podem já não ser tão evidentes, devido ao próprio comprometimento motor causado pela paralisia cerebral.

Mesmo a criança com severas limitações físicas e/ou cognitivas, tende a manter contato visual com os seus cuidadores e familiares de maior convivência, assim como a variar o comportamento na presença de um novo cuidador ou pessoa estranha.

O olhar clínico do médico e dos demais profissionais de saúde que acompanham esses pacientes, bem como a orientação das famílias para estarem atentas ao comportamento e ao desenvolvimento das crianças, são fatores decisivos.

E como são as terapias?

Uma vez diagnosticado o TEA na criança com PC, os objetivos de reabilitação motora, isto é, de ganho funcionalidade/autonomia para esses pacientes, não podem, em hipótese alguma, serem deixados de lado, uma vez que isso também impacta no quadro do desenvolvimento geral e comportamental desses indivíduos.

A terapia fonoaudiológica costuma também ser outro foco importante de trabalho, tanto nos pacientes com paralisia cerebral de uma forma geral, como em abordagens específicas para os casos que incluam o Espectro Autista. 

Além disso, a depender do desenvolvimento verificado, com o tempo, também pode haver a indicação para o Treino de Estimulação de Habilidades Sociais.

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